Mostrando postagens com marcador Aghata Paredes. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aghata Paredes. Mostrar todas as postagens

21 setembro, 2012

Passa Repassa...




"Passa
Repassa
Conversa
Me abraça
Me sente
Vai embora


Fica mais
Me toque
Me olhe
Quem sabe
Por sorte ou não
Sejamos enfim.


Não foge
Me morde
Ou deixa eu morder
Não rosna
Não finge não ligar
Passar sem ver.


Me toma
Fica
Me doma
Quem sabe um dia
Sejamos, então
Enfim."


Aghata Paredes


02 setembro, 2012

Ser sábio...



Ser sábio, não é aceitar sempre. Ser sábio, é questionar quando necessário. Ser sábio, não é culpar o destino. Ser sábio, é reconhecer que você é responsável pelos seus atos, e que eles, geram as consequências futuras. Ser sábio, não é acreditar sempre naquela famosa frase ”O que tiver que ser, será.” - Muito bonita, por sinal - Porém, quando nos vemos em uma ponte, onde a travessia é dura, por incrível que pareça: torna tudo mais difícil. Isso, porque apesar de você ter assumido alguma vez na vida que gosta da frase porque ela oferece conforto, ela o provoca. Provoca bem no íntimo. Como se, por não ser capaz de lutar pelo que quer, ou se recolher porque não quer, usasse-a como forma de ”Ok, tanto faz.” Somos tão tolos, certas vezes, que entregamos a própria vida, e o que vem dela e por ela, na mão de algo que nem sabemos se existe realmente: o tal do destino. Ou isso que demos um nome, que vira e mexe nos torna ainda mais loucos. Ser sábio, não é ignorar os fatos e se entregar no primeiro tombo. É levantar, ainda que em tropeços e seguir em frente. Porque pelo caminho, sempre há a possibilidade de topar com algo surpreendente. Algo, alguém…
Mas lembre-se: Você, unicamente, é responsável pelo que pensa e faz. Se a maneira que age, não condiz com o que pensa, há algo de errado.
— Aghata Paredes.

11 agosto, 2012

Ter ou ser.




Uma vez, numa entrevista, me perguntaram o que eu preferia: ter ou ser. Eu sorri e respondi - como uma coruja dessas histórias que aparecem com um óculos de leitura, numa árvore - Ser.
E a moça, tornou a me perguntar, dessa vez o motivo. Respondi a ela ”Ser. Porque sendo eu já tenho. Mas, talvez, tendo, eu não sou.”
Ela sorriu também. Sorriu ao constatar que, como ela, ainda há alguém que pense diferente.
— Aghata Paredes.

07 julho, 2012




”Ela está longe de ser equilibrada. Ela é doida varrida. Faz duas vezes antes de pensar, mas nunca se arrepende. Acho que por isso ela é diferente. É que nada nela é de mentira. O que ela faz, assume. E só não faz, quando realmente quer dizer não. Ela gosta da palavra sim. Assim como amor, paixão, loucura, literatura, música, arte, azul e felicidade. Ah, e ela também gosta de você. Mas…essa é outra história.”

Aghata Paredes

Sorri como...



❝ Sorri como quem não quer nada, chega como quem não quer nada, senta ao meu lado como quem não quer nada e vai embora como quem quer tudo mas não pede, porque tem medo de ficar sem nada."

— Aghata Paredes.

Aquite-se



❝ Aquite-se Manoela.” - Eu ouvi a mãe se direcionando a menina e segurando suas mãonzinhas pequeninas. Sorri. A mãe olhou pra mim e como que abaixando a guarda, soltou as mãos da filha e tentou entender o motivo de eu estar olhando.
Ela então se aproximou no banco, e puxou conversa. Antes de se pronunciar, ela procurou ler o título do livro: ”A menina que roubava livros.” Então, ela disse, ainda tímida e talvez um tanto insegura do que iria dizer:
”Livro muito interessante…”
Eu fiz que sim com a cabeça. Depois a criança, se aproximou e ficou olhando pra mim sorrindo, boba e feliz, apesar do corretivo anterior da mãe.
A moça que estava ao meu lado, então disse, ”Manoela é inquieta, não para um segundo. Mas quando pega um livro…é como se fosse outra. Ela gosta muito de ler.”
Eu olhei e sorri.
Pensei mas não disse…
”As atitudes inquietas, refletem de pensamentos turbulentos. Não no mal sentido, bom também. Mas livro…livro aquieta. E nos limpa por dentro. É como banho de mar. Você se renova e sai sorrindo, apesar da areia grudada na pele e o sal ardendo pelos olhos. O mergulho sempre vale a pena."

— Aghata Paredes.

01 julho, 2012

Sobre os domingos.


Domingos são dias quietinhos. Aqui e em qualquer lugar do mundo. Domingos são dias pra colocar os pensamentos em dia, organizar as ideias, assistir a um bom filme e tirá-lo como lição. Há quem fique deprimido nos domingos, não julgo. Quem nunca sentiu uma pontazinha de depressão só de ouvir ”domingo” que atire a primeira pedra. Mas domingos não são pra isso. Domingos são quentinhos, nos aquecem, nos fazem esquecer e nos fazem lembrar. Ele cura o mal da semana inteira, nos envolve em seu manto protetor e diz baixinho em nossos ouvidos: ”se aquieta, se aquieta, que outra semana está começando. Enquando a segunda não chega, fica aqui comigo e descansa, esquece. Se distrai.” Domingos são ninhos imaginários, a gente deita, pega uns cobertores, um café e vai ler um livro. Viaja, dorme, assiste tv e descansa a mente. Domingos não são castigos. São presentes.


Aghata Paredes