"A história é nossa, mas a direção é sua. Sempre foi, desde que te
conheci. E eu te sigo, sigo… Produzo o que não existe, crio diálogos
intermináveis, mudo o roteiro a toda hora. E tenho que confessar, eu
gosto disso. Gosto que você dirija. O carro. O ritmo. A ordem. A viagem.
A relação. Porque, vamos ser sinceros… Se fosse eu a diretora dessa
história, nosso longa-metragem seria um curta (já que nunca fui dada a
grandes experimentos). Mas você me mostrou que faz parte acreditar.
Amadurecer. Ter paciência. Relevar. OK. Vale conhecer o enredo. Vale
apagar tudo e recomeçar. Vale rebobinar e rever. Vale apertar o pause e
tentar. Não é assim? Por isso, antes que esse texto vire um emaranhado
de metáforas baratas de cinéfilos, vou improvisar e dizer sem pensar: te
deixo nos guiar, se você, por sorte, me deixar escrever. O roteiro é
meu. Mas a direção é sua. Adivinha só o final que eu reservei pra nós?"
Fernanda Mello
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