Era uma Vez...
Era uma vez uma garota,era uma vez um garoto. Era uma vez,um tempo em que se podia acreditar em finais felizes, era uma vez um tempo em que se podia simplesmente ACREDITAR.
Era uma vez,alguém que acreditava que podia sim,superar a dor. Reconstruir um coração. Que podia,voltar a sorrir.
Era uma vez alguém que achou que era feliz. Era uma vez alguém que era feliz e não sabia. Era uma vez alguém que não sabia ser feliz.
Uma vez, chorando em frente ao computador, peguei papel e caneta, e comecei a descrever cada lágrima que dos meus olhos caia, cada rangida que minha boca fazia.
Uma vez rezando em minha cama,pedi a Deus que força me desse, que qualquer luz que fosse me iluminasse, que qualquer estrada se abrisse.
Uma vez de joelhos sozinha dentro de um banheiro com pouca luz, me vi pequena,vi meu interior saindo por feridas que resolveram aparecer. Vi cada tropeço se tornarem um tombo só. E que tombo!
Foi ai,que um dia eu percebi que não adiantou de nada...Não adiantou eu ter sido boa,não adiantou eu ter tentando esquecer,não adiantou apagar a luz, porque os monstros só aparecem no escuro. E ele apareceu pra mim... Não era um monstro fisicamente feio,não cheirava mal,ele também não ria de mim. Ele apenas acendeu a luz, acendeu todas as luzes da minha ‘casa’, me pegou pelo braço e me levou diante de um espelho e me disse:
“O que pretendes?”
“Aonde você vai chegar?”
Com tantas cenas ensaiadas com tantos textos decorados, eu simplesmente disse:
“Eu não sei.”
Porque eu realmente não sabia, eu não sabia como havia chegado tão longe, eu não sabia quanto tempo fazia que eu não me olhava no espelho,por quanto tempo andei no escuro. Andei no escuro, e sai do meu caminho. Andei no escuro,porque eu queria. Eu andei na escuridão,porque a luz me assustava,por que eu sabia que ao acender as luzes, eu teria que me olhar, e responder a mim mesma: Até quando?
Ainda não sei o que responder ao monstro. Mas agora o que eu sei, é o seu nome. VERDADE!
Mayara Pandolfi.
Obrigada pelo carinho. Te amo!
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