22 maio, 2011

Onde andara Dulce Veiga?




"Devia ser sábado, passava da meia-noite.
Ele sorriu para mim. E perguntou?
- Você vai para a Liberdade?
- Não, eu vou para o Paraíso.
Ele sentou-se ao meu lado. E disse.
- Então eu vou com você."

"Tudo aquilo que eu esquecia ou negava, soube vagamente em plena queda, era o que eu mais era."

"A vida não é apagável, pensei. Nem volta atrás. Ainda não construíram a máquina do tempo. Ninguém virá em meu socorro. Faz tanto tempo que invento meus próprios dias. Preciso começar por algum ponto."

"Chegar ao centro, sem partir-se em mil fragmentos pelo caminho. Completo, total. Sem deixar pedaço algum para trás."

“São tudo histórias, menino. A história que está sendo contada, cada um a transforma em outra, na história que quiser. Escolha, entre todas elas, aquela que seu coração mais gostar, e persiga-a até o fim do mundo. Mesmo que ninguém compreenda, como se fosse um combate. Um bom combate, o melhor de todos, o único que vale a pena. O resto é engano, meu filho, é perdição.”

Caio Fernando Abreu em Onde andara Dulce Veiga?

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